O Exército português firmou um acordo nesta terça-feira, 25 de fevereiro de 2025, para a receber 31 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com o objetivo de criar 427 habitações por meio da reabilitação de 15 edifícios. Essa iniciativa permitirá o alojamento de aproximadamente 600 militares e suas famílias, além de civis que trabalham no Exército, que pagarão uma renda mensal de cerca de 45 euros. As habitações temporárias devem estar prontas até julho de 2026, com a reabilitação ocorrendo em várias cidades, incluindo Lisboa, Porto e Leiria.
Durante a cerimônia de assinatura do acordo, que ocorreu nas extintas Oficinas Gerais de Fardamento do Exército em Lisboa, o ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, destacou que este investimento representa o maior esforço feito até agora para requalificar o patrimônio das Forças Armadas. Ele criticou a gestão do governo anterior, evidenciando que, ao assumir o ministério, a alocação do PRR para o Exército era inferior a 300 mil euros. Melo enfatizou a importância de não desperdiçar os recursos do PRR, especialmente nesta área, pois as Forças Armadas são grandes proprietárias em Portugal.
O chefe do Estado-Maior do Exército, general Eduardo Mendes Ferrão, também se manifestou, declarando que o acordo coloca fim ao ciclo de alienação do patrimônio militar e abre novas oportunidades de financiamento para a requalificação das infraestruturas. Ele ressaltou que as dificuldades do atual modelo de financiamento pelas Lei de Infraestruturas Militares (LIM) criavam sérios desafios, podendo levar até 39 anos para a reabilitação somente dos alojamentos existentes. A cerimônia ainda abordou questões sobre a possibilidade de envio de forças de paz para a Ucrânia, uma pauta a ser discutida durante audiência no Parlamento.
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