O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Castro Almeida, confirmou nesta quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025, à RTP que vendeu sua empresa imobiliária após mais de 25 anos de atividades. A decisão teve como objetivo evitar qualquer associação entre a sua antiga empresa e as recentes alterações na lei dos solos, um tema quente na política portuguesa. “Decidi vender a minha quota porque se começou a gerar a ideia de que ter uma empresa imobiliária era uma vantagem com a nova legislação”, afirmou Castro Almeida, que lidera o ministério responsável pela elaboração da reforma.
Durante a sua entrevista, o ministro destacou que a lei se aplica igualmente a empresas imobiliárias e a cidadãos comuns, desmistificando a crença de que sua posição no governo poderia ser uma vantagem. A venda foi, segundo ele, uma iniciativa pessoal para “afastar qualquer suspeita” e garantir transparência. Castro Almeida reforçou que sempre declarou a sua sociedade ao Tribunal Constitucional e à Entidade da Transparência, enfatizando a legalidade de suas ações.
Enquanto isso, o clima político esquenta com uma moção de censura sendo debatida no Parlamento, proposta pelo presidente do Chega, André Ventura, que exige explicações do primeiro-ministro Luís Montenegro sobre possíveis conflitos de interesse relacionados à empresa familiar Spinumviva. Montenegro defendeu-se, afirmando que não tem qualquer ligação com a empresa desde junho de 2022 e que não houve negócios relacionados à alteração da lei dos solos. O debate sobre a moção deve ocorrer na próxima sexta-feira, prometendo intensificar as tensões políticas em relação à nova legislação.
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