As Nações Unidas enfrentam uma grave crise de financiamento para atender às necessidades humanitárias na Síria. Até o momento, foram recebidos menos de 10% dos US$ 1,2 bilhão necessários para ajudar 6,7 milhões de sírios até março. A situação se torna especialmente crítica com a chegada do inverno, quando o clima severo afeta diretamente as condições de vida dos deslocados.
Desde dezembro, a organização e seus parceiros têm trabalhado em áreas do norte do país, distribuindo aquecedores, roupas de inverno e outros suprimentos essenciais. Até agora, mais de 260 mil crianças em regiões como Idlib e norte de Alepo receberam assistência. Além disso, foram entregues kits de inverno a centenas de menores em Qamishli e equipes médicas móveis foram mobilizadas para oferecer suporte à saúde mental de aproximadamente 800 mil sírios.
A situação dos deslocados é alarmante, com mais de 2 milhões vivendo em acampamentos superlotados e em tendas frágeis. Após 27 de novembro, mais de 600 mil pessoas foram forçadas a abandonar suas casas devido a uma ofensiva da oposição contra as forças pró-governamentais, com muitos buscando abrigo nas províncias de Idlib e Alepo.
Emergencialmente, reparos estão sendo realizados em estradas e sistemas de esgoto danificados por inundações, além da reabilitação de mercados próximos aos acampamentos. O Escritório de Assistência Humanitária, Ocha, relatou que mais de 825 mil sírios têm retornado a suas áreas de origem com a atual transição política.
A secretária-geral assistente para Assuntos Humanitários, Joyce Msuya, destacou na última reunião do Conselho de Segurança que mais de 70% da população síria está sofrendo os impactos dessa crise humanitária imensa. Em meio a conflitos nas regiões de Menbij e em províncias como Ar-Raqqa e Al-Hasakeh, a comunidade internacional continua a adaptar os sistemas de auxílio às circunstâncias em constante mudança da Síria, buscando fornecer assistência essencial a quem mais precisa.
Origem: Nações Unidas