No terceiro trimestre de 2024, a taxa de penetração dos acessos telefónicos principais em Portugal atingiu 51,9 acessos por 100 habitantes. No que diz respeito aos acessos instalados a pedido de clientes residenciais, observou-se uma taxa de 95,6 acessos por 100 agregados domésticos, o que representa uma diminuição de 1,7 pontos percentuais em comparação ao mesmo período do ano anterior. Essa redução é atribuída ao aumento da estimativa anual de agregados domésticos privados divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Durante o mesmo período, o número de clientes de serviços telefónicos fixos na modalidade de acesso direto cresceu 0,8%, totalizando aproximadamente 4,5 milhões, ou seja, um incremento de 35,9 mil clientes em relação ao terceiro trimestre de 2023. Esse crescimento é em grande parte resultado da popularidade das ofertas em pacote que incluem telefonia fixa.
O parque de acessos telefónicos principais se elevou para 5,5 milhões de acessos equivalentes, um aumento de 36,4 mil acessos, embora seja o menor crescimento registrado desde o quarto trimestre de 2019. A expansão é impulsionada principalmente pelos acessos suportados por redes de fibra ótica e TV por cabo. No final do terceiro trimestre, 93,5% dos acessos telefónicos eram suportados por redes de nova geração, um aumento de 1,9 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Em contrapartida, os acessos analógicos sofreram uma queda acentuada de 28,6%.
O número de postos públicos também enfrentou um declínio significativo, com uma redução de 24,3% em comparação ao terceiro trimestre de 2023, totalizando cerca de 8 mil unidades. O tráfego de minutos originado nesses postos caiu 28,3%, sinalizando uma tendência de diminuição que se arrasta desde 2016, onde o tráfego caiu 87% devido à ascensão das comunicações móveis e serviços de internet.
A portabilidade de números também teve uma queda, com cerca de 1,9 milhões de números geográficos portados até o final do período, e 23,2 mil números portados durante o terceiro trimestre, uma redução de 34,1% em relação ao ano passado. O tráfego gerado na rede fixa reduziu em 10,9%, com a maior parte dessa diminuição proveniente de chamadas fixo-fixo.
Por fim, a quota de clientes de acesso direto da operadora MEO alcançou 41,8%, seguida pelo Grupo NOS com 34,1%, Vodafone com 21,1% e NOWO com 2,4%. A MEO e a Vodafone apresentaram leves aumentos de quota, enquanto a NOS e a NOWO registraram quedas.
Esses dados refletem as transformações no setor de telecomunicações português, destacando a crescente migração para tecnologias mais avançadas e mudanças nos hábitos de consumo da população.
Origem: Portal Consumidor Anacom