O acesso à habitação na Europa experimentou melhorias ao longo do último ano, impulsionado pela redução nas taxas de juros. Contudo, a escassez de imóveis em muitos mercados resultou em um aumento da demanda, o que levou a uma recuperação nos preços das casas, com Portugal destacando-se nesse cenário. Para o período de 2025 a 2027, as previsões indicam uma desaceleração no aumento dos preços, mesmo com a continuidade da queda nas taxas de juros dos créditos à habitação, permitindo um cenário complexo para compradores em potencial.
A expectativa é que a compra de imóveis continue a crescer, sustentada por níveis recordes de emprego em diversas economias europeias e uma recuperação nos rendimentos familiares. Além disso, a redução da dívida das famílias e o aumento populacional, especialmente nas áreas urbanas, estão contribuindo para a elevação da demanda. No entanto, a falta de habitação disponível deve continuar a ser um obstáculo significativo, dado que a construção de novas unidades enfrenta desafios como a escassez de mão de obra e um excesso de burocracia.
A agência de classificação S&P prevê que, apesar do aumento médio de 3% nos preços das casas entre 2025 e 2027, esse crescimento será mais moderado do que o registrado em 2024. Em Portugal, por exemplo, espera-se um aumento de aproximadamente 4,5% em 2025, reduzindo para 3,6% em 2026 e, por fim, 3,2% em 2027. Os analistas acreditam que este ambiente mais equilibrado entre oferta e demanda pode resultar em uma subida menos acentuada dos preços, especialmente se as novas regulamentações de eficiência energética impulsionarem a construção de imóveis.
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