No cenário atual de segurança digital, David Carrero, cofundador da Stackscale, destaca que “as ameaças já não são futuristas, são cotidianas”. Com a crescente automação e exposição de infraestruturas, a proteção dos servidores Linux é mais crucial do que nunca.
Carrero alerta que a simples aplicação de patches não é suficiente: “É necessário repensar a arquitetura de segurança desde o início, do firmware até as camadas de aplicação”. Em 2025, diversas vulnerabilidades críticas se destacam, demandando atenção especial por parte das equipes de TI.
Entre as sete principais ameaças estão:
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CVE-2025-6018 e CVE-2025-6019: escalada de privilégios que permite que usuários sem permissão se tornem root em sistemas como SUSE e Ubuntu, devido a má configuração do módulo pam_env.
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CVE-2025-26465 e CVE-2025-26466: falhas no OpenSSH que possibilitam ataques man-in-the-middle e colapsos de sessões.
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CVE-2025-1023 e CVE-2025-1087: problemas de sincronização no kernel que podem resultar em escalada de privilégios.
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CVE-2024-28956 e CVE-2025-24495: novos ataques especulativos em CPUs modernas que superam mitigadores tradicionais.
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Vulnerabilidades SSRF: permitem acesso não autorizado a metadados em APIs internas em nuvens, expondo tokens críticos.
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Contêineres mal configurados: o aumento de ataques a contêineres indica a necessidade de rigidez nas políticas de segurança.
- Repositórios comprometidos: riscos provenientes do uso de repositórios sem assinatura e pacotes não verificados.
Carrero enfatiza que a resposta a essas vulnerabilidades requer não apenas soluções técnicas, mas uma estratégia robusta de segurança. “A chave não está só nos patches, mas em ter visibilidade e práticas de segurança integradas desde o design”, conclui.
À medida que o cenário de ameaças evolui, o foco em uma abordagem holística de segurança se torna essencial para a continuidade operacional em ambientes críticos.