A situação da água na Comunidade Valenciana se agravou devido à falta de apoio financeiro do governo de Pedro Sánchez. A região está sofrendo com a negação do fundo de liquidez autonômica, um recurso essencial para a recuperação após desastres naturais. Além disso, o governo está restringindo o acesso a 180 hectômetros cúbicos do trasvase Tajo-Segura, vital para a agricultura local. Essa medida, segundo o conseller de Agricultura da Generalitat Valenciana, Miguel Barrachina, compromete a sustentação econômica da área, colocando em risco 15 mil empregos e causando um prejuízo estimado em 6 bilhões de euros.
Embora a Generalitat pretenda investir 99 milhões de euros em infraestruturas hídricas para mitigar esse impacto, os cortes nos recursos hídricos estão se tornando uma realidade iminente, com uma redução de 40% prevista até 2027. A comunidade já recebeu mais água do que o acordado no Convenio de Albufeira, o que levanta questões sobre a gestão equitativa dos recursos hídricos entre Espanha e Portugal. Barrachina apelou ao governo central para que garanta os caudais necessários e cesse o que considera um “castigo” político à região, enquanto a água continua a se perder no oceano Atlântico.