Em 2022, novas estatísticas revelaram uma queda no engajamento da população de 18 a 69 anos com atividades culturais ao vivo em comparação a 2016. Mais da metade dessa faixa etária, cerca de 52,8%, assistiu a espetáculos públicos presencialmente, representando uma diminuição de 14,4 pontos percentuais. O interesse por sessões de cinema também recuou, com 40,5% dos entrevistados frequentando as salas de exibição, uma redução de 5,1 pontos percentuais. A visita a locais culturais presenciais, como monumentos, museus e bairros históricos, foi realizada por 36,8% da população, demonstrando uma queda de 9,6 pontos percentuais.
Os festivais musicais continuaram a atrair público, com 29,3% da população participando de eventos do gênero. Dentre estes, os festivais de música Rock/Pop e de músicas do mundo foram os mais populares, atingindo 46,1% e 37,8%, respectivamente. Em contraposição, a experiência de assistir a espetáculos online ganhou espaço, com 20% da população reportando a realização dessa atividade. Concertos de música lideraram as visualizações online, com 86,4%, seguidos por performances de comédia e stand-up, que atraíram 55,3% dos usuários.
No que diz respeito ao consumo de mídia, mais de 43% do público viu séries ou programas de televisão quase diariamente, com a televisão convencional e os serviços de TV por assinatura sendo as plataformas mais utilizadas. Além disso, a prática de jogar videogames foi frequente, com 19% dos entrevistados jogando pelo menos uma vez por semana e 8,4% quase todos os dias.
Entre as atividades de leitura, a apreciação de livros como lazer apresentou um crescimento de 2,5 pontos percentuais desde 2016, alcançando 41,3% da população. A maioria dos leitores preferiu a versão impressa, com 94,7% optando por livros físicos. Notavelmente, as mulheres se destacaram na leitura, com 50,2% delas afirmando ter lido nos últimos doze meses, em contraste com apenas 31,9% dos homens. A leitura de jornais e revistas também registrou queda, com 35,6% da população se engajando nessa atividade, uma redução significativa de 19,4 pontos percentuais desde 2016. O smartphone se consolidou como o meio mais utilizado para essa leitura, com 63,8%, seguido pelo papel e pelo computador.
Origem: Instituto Nacional de Estatística