O Ministério da Cultura decidiu prorrogar o programa cheque-livro até 15 de julho, após uma adesão considerada insatisfatória. Dos aproximadamente 220 mil jovens elegíveis nascidos em 2005 e 2006, apenas cerca de 34.500 utilizaram o vale de 20 euros. A medida, que visa incentivar a leitura, mostrou-se abaixo das expectativas, com apenas 20% dos beneficiários a emitirem o cheque-livro e apenas 15% a efetivamente utilizá-lo.
A decisão de extensão do prazo foi justificada pelo secretário de Estado da Cultura, Alberto Santos, que indicou que a medida ainda pode beneficiar muitos jovens atualmente em ensino secundário. Santos também reconheceu que o programa possui “potencial” e que há áreas que podem ser aprimoradas, incluindo a forma de utilização nas livrarias e a comunicação com os jovens para aumentar a adesão.
Seis meses após o seu anúncio, o programa finalmente iniciou a emissão de cheques em novembro de 2023, mas a adesão não correspondeu ao esperado. As dificuldades operacionais e a falta de informação clara para os jovens foram apontadas como obstáculos. Além disso, a quantia do vale, fixada em 20 euros, foi criticada por estar aquém do que poderia efetivamente estimular os hábitos de leitura.
Entre os beneficiários, as experiências variam. Enquanto alguns, como Mafalda Correia, emitiram o cheque rapidamente e compraram livros, outros, como Salomé Maia, relataram falta de informação e motivação para participar. O programa, que tem como objetivo criar novos hábitos de leitura, agora enfrenta o desafio de melhorar a comunicação e aumentar a adesão antes do novo prazo final.
Origem: JPN Universidade do Porto